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SindhotéiS mobiliza trabalhadores contra a precarização do trabalho no McDonald’s

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Nesta quinta-feira, 14 de abril, às 10h, o Sindicato dos Trabalhadores de Hotéis, Bares, Restaurantes e similares (SindhotéiS/BA) mobiliza os trabalhadores da categoria para protestar na frente do McDonald’s da Avenida Antônio Carlos Magalhães, com faixas, apitos e bandeiras reivindicando melhores condições de trabalho e salário. A manifestação acontece simultaneamente em seis capitais brasileiras e 40 países contra a rede de fast-food McDonald’s.

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A campanha brasileira iniciou-se no dia 24 de fevereiro com o ingresso na Justiça trabalhistas de uma ação civil pública denunciando a prática de “dumping social” e recobrou forças em março, quando a empresa foi acionada uma vez mais. O McDonald´s é acusado de praticar a jornada móvel variável, o acúmulo de funções sem a devida remuneração e não reconhece a insalubridade de algumas funções. Esse modelo de negócio faz com que a rede no Brasil obtenha indevidamente vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Entre as violações constatadas estão também o pagamento de salários com valores inferiores ao mínimo estabelecido por lei, horas extras habituais não remuneradas, supressão dos intervalos para descanso e refeições, indícios de fraudes nos holerites e no registro de horas trabalhadas, desempenho de múltiplas funções sem a devida remuneração, ausência de horários regulares de trabalho e atividades insalubres sem o uso de equipamento de proteção individual (inclusive com a utilização de mão de obra de adolescentes entre 16 e 18 anos, em atividades insalubres).
As violações às leis brasileiras constituem práticas de “Dumping Social” (quando a organização reduz os custos pagando salários mais baixos e oferece preços mais competitivos que os da concorrência). A rede também é acusada de praticar a jornada móvel e variável, o acúmulo de funções sem a devida remuneração e de submeter menores à condições insalubres de trabalho.
CAMPANHA “SEM DIREITOS NÃO É LEGAL”
A campanha brasileira #SemDireitosNãoéLegal integra a ação global, que reunirá mais de 40 países – entre eles Inglaterra, França, Holanda, Itália e Japão , além dos Estados Unidos e outros sete representantes latino-americanos – contra os problemas enfrentados pelos funcionários do setor de fastfood.
A campanha brasileira #SemDireitosNãoéLegal vai para as ruas nesta quinta-feira (14/04) em São Paulo, Salvador, Goiânia, Brasília, Natal e Manaus. Em mais de 40 países, trabalhadores e líderes sindicais vão protestar contra as más práticas do McDonald’s. Só nos Estados Unidos haverá greves e protestos em 300 cidades.
A campanha #SemDireitosNãoéLegal reúne a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) com o apoio da Contratuh (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), além do Sinthoresp ( Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo), da Fethepar (Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado do Paraná) e da Fetrhotel (Federação Interestadual dos Trabalhadores Hoteleiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul).
O movimento global começou nos Estados Unidos em 2012. Inicialmente restrito a Nova York, contou com a participação de 200 trabalhadores. Para se ter uma ideia do crescimento da campanha no país de origem, no ano passado, os protestos nos Estados Unidos reuniram mais de 60 mil pessoas. Além do respeito às leis trabalhistas, os trabalhadores americanos reivindicam o pagamento de um mínimo de 15 dólares por hora (#FightFor15) http://fightfor15.org. Na Europa, a principal queixa é a evasão de divisas pela corporação por meio de paraísos fiscais. Recentemente, trabalhadores do Reino Unido e do Japão começaram a se mobilizar pelo aumento do salário mínimo.