SindhotéiS realiza caminhada de mobilização no Dia do Trabalhador

O Sindicato dos trabalhadores de hotéis, restaurantes, bares e similares de Salvador e região (SindhotéiS) realiza no dia 1º de maio, às 7h, com concentração na Praça do Campo Grande, em Salvador, uma caminhada de mobilização para reivindicar reajuste salarial e benefícios para a categoria.

A luta por melhores condições de salário e benefícios é diária, todos os anos o SindhotéiS atualiza a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), por isso, o sindicato realiza assembleias para ouvir da categoria as propostas de cláusulas que possam atender os direitos dos trabalhadores. Entre as reivindicações estão reajuste salarial de 12%, jornada de trabalho de 40h semanais sem redução de salário, folga no dia do aniversário do trabalhador, cesta básica ou ticket no valor de R$120,00, acréscimo de 30% do salário base para o recepcionista que tem conhecimento de segundo idioma entre outros benefícios.

A situação de trabalho das camareiras é lamentável, as trabalhadoras são exploradas no emprego onde tem que arrumar em média 26 quartos por dia e isso gera a lesão por esforço repetitivo (LER). Uma das cláusulas da CCT 2014 é limitar a 12 o número de quartos ou unidades habitacionais que as camareiras arrumam por dia de trabalho. “É questão de saúde, as mulheres estão ficando lesionadas com o excesso de trabalho, isso é desumano…Estamos falando isso com base no número de camareiras que chegam no sindicato reclamando da situação”, destaca o presidente do SindhotéiS, José Ramos.

O Sindicato Patronal está inflexível com relação a proposta apresentada pelo SindhotéiS. Eles negaram a aprovação de qualquer cláusula nova e ofereceram reajuste salarial de apenas 5,56%, enquanto o SindhotéiS solicita 12%.

COPA DO MUNDO

Faltam menos de dois meses para o grande evento esportivo que é a Copa do Mundo, os hotéis estão com 80% dos quartos reservados para o evento, de acordo com a Secretaria de Turismo da Bahia (Setur),  o lucro aumentando e o trabalhador que sempre foi explorado, não tem suas reivindicações atendidas e nem um reajuste digno para melhorar um pouco a sua condição de vida e conforto de sua família.

A insatisfação na categoria é geral, os pisos oferecidos são baixos, não atendem as necessidades do trabalhador que precisa sustentar sua família e ser bem remunerado pelo serviço que exerce. Os trabalhadores estão cansados de tanto descaso e desvalorização, eles querem reconhecimento profissional, salário e condições de trabalho dignas.