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Centrais solicitam que Maia retire reforma da Previdência da pauta da Câmara

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Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, informou que ainda não possui votos suficientes para aprovação da matéria. Maia, no entanto, disse que seguirá tentando até, pelo menos, o dia 21 do mês corrente. Lideranças sindicais insistem que é necessário amplo debate com a sociedade antes de encaminhar projeto de tamanho impacto social para votação. Os sindicalistas sugerem que o tema seja discutido durante a campanha eleitoral.
Representantes de centrais sindicais insistiram hoje (7) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que retire de pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/2016) de “reforma” da Previdência Social. Ouviram do parlamentar que a base governista continua com dificuldades para conseguir o número de votos necessários à aprovação, mas seguirá tentando pelo menos durante este mês. Para os sindicalistas, o tema deve ser discutido durante a campanha eleitoral.
“Não consideramos prudente que qualquer projeto de tamanho impacto social, com potencial de consequências imensuráveis para esta e várias outras gerações, seja encaminhada sem amplo debate com a sociedade. A CPI da Previdência apresentou dados e estatísticas consistentes que negam o propalado déficit do nosso sistema previdenciário. Compreendemos que o efeito prático da  PEC 287 será eliminar as chances de aposentadoria de milhões de trabalhadores brasileiros. A retirada da pauta de votação desse projeto não é sinal de fraqueza, mas de altruísmo e compromisso com os mais elevados anseios da nossa sociedade”, argumentou, após o encontro, o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores –  NCST, José Calixto Ramos.
“Paralelo aos inevitáveis retrocessos resultantes de uma eventual aprovação desta reforma da Previdência, está em curso um esvaziamento de caixa do nosso sistema de Seguridade Social a partir do crescimento do desemprego e da atividade informal no mercado de trabalho; ambas graves circunstâncias resultantes da chamada reforma trabalhista. Não é por este caminho, com inevitável redução do poder de compra dos trabalhadores e suas famílias que resgataremos nosso crescimento econômico. O setor produtivo sangra com a redução do mercado consumidor interno. É preciso retomar o investimento público, o estímulo à geração de empregos com carteira assinada e a valorização das rendas do trabalho para superarmos, com louvor, a crise que nos acomete”, reforçou o Diretor de Finanças da NCST e presidente da CSPB, João Domingos Gomes dos Santos.
As centrais preparam um dia nacional de luta (saiba mais) para o próximo dia 19, data em que, originalmente, a PEC seria votada pela Câmara.
Estavam presentes na reunião os representantes das seguintes centrais: Força Sindical; NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores); CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros); CUT (Central Única dos Trabalhadores) e  UGT (União Geral dos Trabalhadores).
Fonte Nova Central